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domingo, 21 de janeiro de 2018

Indo por aqui (ou por lá)




Os Maias podem ter se enganado: às vezes, tenho a sensação de que o “mundo” acabou para mim entre agosto e setembro de 2013, naqueles 30 dias de internação, quando fui submetido a duas neurocirurgias de alto risco. 
Morri, e meu purgatório particular é ter vindo parar neste tempo estranho. Não me reconheço nele, nem ele me reconhece mais. 
Agora, somos dois estranhos. 
Será que morrer é isso: passar para uma realidade paralela (e bem mais absurda que a anterior)? 


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