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sábado, 8 de abril de 2017

Cuidado: animal feroz!




Faz muito tempo. Acho que li isso num desses clássicos romances de guerra, talvez em Os nus e os mortos, de Norman Mailer (mas não tenho certeza)... Lá, era explicado como os cães são treinados para as batalhas de campo. O animal, que costuma nascer manso, é amarrado e largado ao relento (principalmente, no inverno). Comida, o mínimo. Água, idem. Dia e noite, recebe banhos gelados, pauladas e também dão tiros em sua direção. No início, desidratado e desnutrido, ele vai ganir muito e tentar se encolher. Amarrado, não terá como fugir. E assim será punido injustamente até não aguentar mais. Então, já tendo aprendido a comer barro e as próprias fezes (além de beber a água suja dos banhos que recebe a todo instante), rosnará e tentará atacar o seu treinador-carrasco. Pronto, já estará apto para enfrentar qualquer inimigo; não terá mais medo de explosões, rajadas de metralhadoras, fome, sede, nada.

Muitas pessoas que hoje rosnam, já devem ter passado por esse tipo de situação. Se arreganham os dentes, não é por serem ruins, mas por uma questão de sobrevivência.

Por isso, não se aproxime muito, nem provoque demais a fera, porque ela vai saber se defender!

Bom final de semana a todos!

terça-feira, 4 de abril de 2017

Reflexões numa rápida pausa de almoço



Assistindo a um programa de entrevistas sobre solidão e velhice, numa associação livre (mas nem tanto), lembrei que tenho amigos que, anos atrás, estufavam bem o peito para dizer:

— Olha, se a pessoa não atender a uma série de pré-requisitos, não vai ter a menor chance de ficar comigo.


Pois é... Daí, o tempo foi passando, passando... Até que um e outro apareceu de braços dados e feliz da vida com alguém que, definitivamente, não tinha nada a ver com a tal lista de exigências. Alguns eram o “avesso” de tudo aquilo. Ora, imagino que os antigos “intocáveis” devam ter trocado a rigorosa lista de pré-requisitos por outra, de necessidades mais básicas e urgentes. 
Já os que até hoje continuam com o mesmo discurso, seguem de mãos abanando,amargos e frustrados. 


Claro que eu ainda não disse nada... mas que dá vontade, dá. Qualquer dia, se me pegarem virado no cão (o que não é difícil), vou disparar “na lata”: 


— Se enxerga, criatura! E lá você tem grande coisa para oferecer em troca? Só se for a dentadura.


Afff! Nem enchendo a cara dá pra agu
entar esse povo, viu?