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terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Mais um pouco sobre aneurismas cerebrais

Em agosto de 2013, com vertigem (parecida com labirintite), busquei um otorrinolaringologista, que, muito atento e competente, pediu que eu fosse rápido a um pronto socorro, levando carta de encaminhamento à equipe de neurologia que estivesse de plantão. Lá, em uma tomografia do meu crânio, foi encontrado um aneurisma bem graúdo: 1,3 cm. Fui internado na mesma hora. 

Dia seguinte, na ressonância, foram detectados mais dois (menores, mas não tão pequenos: 7 e 5 mm). 


Para não restar dúvida, em outro exame, angiografia cerebral, os três foram confirmados e encontrado um quarto aneurisma, de 2 mm. 


Ao todo, foram 30 dias de internação para clipar 4 aneurismas, sendo que o maior precisou de dois clipes. 


Sim, é uma cirurgia complexa, invasiva e de alto risco, mas que reduz bastante as chances de morte e sequelas (comparando aqui com as chances do paciente que sofreu um AVC). Como também é muito cara, planos costumam criar algumas dificuldades para cirurgias como a minha: preventiva. Eu tinha quatro bombas dentro da cabeça, que poderiam ser detonadas a qualquer momento. Porém, se tivesse ocorrido o AVC, a minha história seria completamente diferente. 

Por isso, sempre recomendo incluir no checkup uma visita ao neurologista (principalmente, para quem já teve casos de AVC na família). Também é
importante conhecer e ficar atento aos sinais (mostrados de forma simples neste vídeo).

Aneurisma é uma doença grave e silenciosa. Quando "romper ou comprimir alguma estrutura cerebral para que haja algum deficit neurológico",* e se o socorro não for rápido, são bem altos os riscos de o paciente ir a óbito ou ter sequelas graves.



* Fonte: https://www.neurocirurgia.com/content/vida-apos-aneurisma 





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