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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Bodas de tédio



Vinte anos depois, deitado no quarto e vendo o mesmo canal de sempre, um casal (qualquer tipo)tenta mudar a rotina:
— Cansei disso.
— Eu também.
— Que tal se a gente fizesse algo diferente?
— O quê?
— Encher a cara?
— A última ressaca ainda nem passou...
— Brigar?
— Até com faca a gente já se atacou, lembra? Perdeu a graça...
— E sexo?
— Com quem?
— Nós dois, que acha?
— Afinal, você quer fazer algo diferente ou trágico?
— Melhor mudar de canal, então.
— Pois é...                                
(ad infinitum...)

domingo, 12 de janeiro de 2014

Saudade X objetos de solidão

Quem me conhece, sabe que sou péssimo com relógios e calendários. Daqueles que precisam de calculadora para saber a idade, sou desse time. Mas aqui vai uma boa dica para "cair na real": dia desses, precisei dar uma folheada na agenda telefônica; queria encontrar um número antigo (talvez matar uma saudade). Foi um choque... Parentes, amigos e conhecidos que ainda não haviam batido as botas, no mínimo, já estavam com a ampulheta da vida "nos últimos grãos de areia". E os que foram cruzando recentemente o meu caminho...? Bem, esses podem ser encontrados com facilidade no meu celular (que, aliás, vive desligado).
 

Na minha opinião, anotações tinham mais serventia. Havia um charme em buscar nomes no papel.
 

A verdade é que esses objetos de solidão atuais, com comandos frios e instantâneos... tudo isso me entedia.